quinta-feira, 30 de maio de 2013

2˚ DIA: DIAMANTINA

O dia hoje foi dedicado a conhecer a cidade e sua história.
Diamantina está ligada ao ciclo de garimpo de ouro e diamantes do século XVIII e teve seus tempos áureos. Vê-se nos casarões do centro antigo o retrato desse passado de glória. Sobrados com muitas portas e janelas (que dizem estar relacionado ao poder aquisitivo das famílias), sacadas com grades em ferro com lampiões e luminárias – as laterais eram ornadas com um enfeite em forma de pinha feito de vidro colorido. 

Nos dias mais atuais, tem seu nome ligado ao ex-presidente JK, ilustre filho da terra. Na parte mais
romântica, fala-se de Chica da Silva, a escrava liberta que viveu uma grande paixão com um rico comerciante de diamantes e que “acontecia” na cidade, tendo sido aceita pela elite local e amealhado enorme fortuna!!!

Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 1713, com a construção de uma capela que homenageava o padroeiro Santo Antônio. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em fins do século XVIII era a terceira maior povoação da Capitania Geral da Minas, atrás da capital Vila Rica (Ouro Preto) e com população semelhante a da próspera São João Del Rey. No século XVIII cresceu devido à grande produção local de diamantes, que eram explorados pela coroa portuguesa”

Andar pela cidade é uma “aventura” pois os pedestres disputam os espaços com os carros já que as calçadas são muito estreitas. Os carros passam em “todas as direções”. As ruas são estreitas e há muitos becos. As ladeiras são íngremes.

Mas a cidade é simpática e agradável, pouco arborizada, embora as casas tenham jardins bem cuidados. Os prédios antigos hoje abrigam bancos, correios etc. mantendo a sua fachada original. Andamos bastante para cima e para baixo vendo as atrações do Centro Histórico indicadas:
1.      CASA DO MUXARABIE – o muxarabie é uma estrutura em madeira, como um biombo, que fica na sacada, de onde as pessoas podiam observar a rua sem ser vistos. Hoje funciona ali a Biblioteca.
2.      CASA DA GLORIA – é um passadiço sobre a rua ligando dois colégios – eram dois colégios de meninas e o passadiço era para elas passarem de um ao outro sem sair na rua. Hoje é um prédio da UFMG.
3.      CASA DE CHICA DA SILVA - só vimos por fora. Não tem nada dela, nem da história dela.
4.      MUSEU DO DIAMANTE - não visitamos, pois estava fechado.
5.      MERCADO MUNICIPAL – feirinha de artesanato e comidinhas
6.      IGREJAS:
a.     Rosário – era a igreja dos escravos. Os santos são pretos. Pequena e simples, mas muito aconchegante.

b.     Carmo – Muito rica, cheia de ouro no altar. O teto todo pintado, muito bonito.
c.      Imperial do Amparo – só vimos por fora
d.     S. Francisco de Assis – está em obras, não pudemos visitar.
e.     Sto. Antônio – é a catedral. A igreja atual é nova, mas tem dois altares barrocos antigos muito bonitos, enormes, ricamente trabalhados.

Paramos numa lojinha de artesanatos “Relíquias da Vila” e lá nos deram informações de um hotel central chamado “Relíquias do Tempo” (que aliás era indicado pelo Guia 4 Rodas como um bom custo-benefício) , onde inclusive havia um Museu de garimpo. Fomos até lá conhecer o hotel e ficamos encantados. Pena que não ficamos lá. Na verdade são dois hotéis – um colonial, no casarão antigo, e um contemporâneo, num prédio construído atrás, um pouco mais moderno, porém mantendo o estilo colonial mineiro. Tudo muito bem decorado, móveis de época, muito aconchegante. A decoração usa elementos de artesanato e cultura mineira, tem um salão dedicado a JK com memorabilia dele. Há um espaço que é um museu do garimpo com objetos, gráficos e miniaturas explicando toda a extração de diamantes. No corredor que liga os dois hotéis tem uma exposição sobre as festas folclóricas locais (procissões) – Semana Santa, Festa do Divino e Festa do Rosário.
Almoçamos no Apocalipse, um restaurante bem simpático, comida boa, self-service, em frente ao Mercado. Acho que toda a caminhada nos deixou muito cansados pois chegamos ao hotel e “apagamos” literalmente.
Saímos para jantar. Nossa ideia era ir ao Café Baiuca para um caldo. A noite estava bombando, pois estão acontecendo jogos intermunicipais de jovens. O jovens se reúnem na escadaria da Matriz e na praça ao lado do Mercado. No café o cardápio não nos agradou e então fomos ao Bistrô Relicário onde tomamos um caldinho bem gostoso.

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