quinta-feira, 30 de maio de 2013

5˚ DIA – OURO PRETO

Hoje saímos para completar nosso roteiro. Os horários de abertura das atrações não ajudam a montar um percurso lógico tendo em vista a distância e, principalmente, as ladeiras, para o deslocamento.
As ladeiras são tão íngremes que as calçadas têm escadas caso contrário seria impossível subir ou descer. Até de carro é difícil. As ruas são tão estreitas que às vezes duvidamos que o carro vá caber nelas.  Mas conseguimos passar e circular e chegar aos pontos principais.
Começamos subindo ao Mirante do Morro de São Sebastião de onde se descortina toda  a cidade. Dali é possível se ver todo o desnível e as principais igrejas.

 

 














Fomos então à Igreja de São Francisco de Assis, obra barroca importante de Aleijadinho e Mestre Ataíde. À frente uma portada em pedra sabão esculpida com  S. Francisco. Lá dentro altares ricamente trabalhados em madeira policromada e dourada.


Um fato interessante por aqui é que os santos têm as mãos e faces em madeira mas as vestes são de pano e os cabelos são naturais, geralmente doados por alguém em cumprimento a uma promessa. Na sacristia, uma Arcaz  de 8,5 metros e 20 gavetões em jacarandá e um lavabo em pedra sabão esculpido por Aleijadinho. Como a Igreja da Conceição (onde estão os restos mortais do Aleijadinho) está fechada, as obras dele foram trazidas para a igreja de S. Francisco e pudemos vê-las lá.







Dali fomos à Igreja de Sta. Efigênia, construída pelos escravos para poderem realizar seus cultos religiosos. Tem um altar bem trabalhado e folheado e ouro. Mais adiante a Capela do Pe. Faria, que embora simples por fora é bastante rica por dentro, com forte influencia de arte chinesa.
A próxima foi a Igreja de N. Sra. do Pilar, a mais rica de todas – cerca de 400 kg de ouro na douração. Tem 300 anos e ainda funciona normalmente. Sua nave central é ampla e possui uma espécie de camarote na parte superior, funcionando como um teatro. É impressionante a  sua beleza. Os altares laterais são ricamente trabalhados em madeira, policromada e dourada. O teto pintado. O altar centra é majestoso.
É impossível fugir à comparação com as igrejas da Europa. Enquanto por lá se vê muito mármore, por aqui tudo é madeira, algumas até com pintura marmorizada. O trabalho de escultura é muito mais rico e detalhado do que o mármore.
No entanto, pecamos quanto à infraestrutura e a facilidade de informação para o turista, com a falta de folhetos, brochuras, audioguias etc... e não temos a explicação necessária para entender toda a simbologia da arte ali colocada.
Por fim, a Igreja do Rosário dos pretos, a mais simples, mas também muito imponente. A sua construção  tem forma arredondada.
Embora não tenha ouro, os altares são policrômicos, com peças esculpidas, e os santos são negros.
Acabamos o dia visitando o Museu da Inconfidência. Um prédio muito imponente de frente para a praça,  que abriga os restos mortais dos inconfidentes, conta a história do movimento, conta também a história de Ouro Preto e mostra peças de moveis, louças, arte sacra etc... contando a evolução dos costumes. Muito bem organizado. Lá dentro tem o Mausoléu dos Inconfidentes. Recordamos um pouco a nossa história...
Andando pelas ruas também vimos outra marca da cidade – as repúblicas dos estudantes com seus nomes interessantes: Maracangalha, Cantinho do Céu, Muvuca, Alcatéia, Sem Destino, Calabouço.... até nos depararmos com “Saudades da mamãe”....
Adorei a visita a Ouro Preto – uma cidade bastante pitoresca, com muita história para contar. Poderia ser ainda melhor se  a infraestrutura turística fosse aperfeiçoada com sinalização na rua indicando as atrações, se no Posto de Informações Turística oferecessem um mapa mostrando os locais (tivemos que comprar; depois nos deram um na Casa de Ópera!!!), dessem brochuras falando de onde comer, o que fazer, descrevessem as atrações etc... Mas, já é muito bom que haja uma preservação do nosso patrimônio histórico e artístico.

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